Prevalência do Câncer de Pele Basocelular no Brasil: Um Alerta para Medidas de Prevenção e Diagnóstico Precoce

Prevalência do Câncer de Pele Basocelular no Brasil: Um Alerta para Medidas de Prevenção e Diagnóstico Precoce
Photo by National Cancer Institute / Unsplash

Recentemente, foi divulgado que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, havia sido diagnosticado com câncer de pele, mais especificamente com carcinoma basocelular. O diagnóstico foi feito após os médicos do Walter Reed National Military Medical Center removerem uma lesão de seu peito em 16 de fevereiro de 2023. De acordo com a oncologista médica Ann Silk, esse é o tipo de câncer humano mais comum e, felizmente, é facilmente curável e não deve afetar a qualidade de vida ou a sobrevivência de uma pessoa.

O carcinoma basocelular é causado por mutações de dano ultravioleta do sol ou outras fontes de luz ultravioleta, como o uso de camas de bronzeamento. Pessoas com pele clara e mais velhas têm maior risco de desenvolver o câncer, presumivelmente porque tiveram mais tempo para absorver a luz ultravioleta ao longo da vida. Homens têm maior risco que as mulheres, possivelmente devido a atividades ao ar livre ou emprego em ambientes externos. Já as pessoas com melanina, um pigmento que oferece proteção contra queimaduras, têm menor risco.

Os Estados Unidos registram mais de 4 milhões de casos de câncer de pele basocelular a cada ano, com cerca de um terço dos homens caucasianos e um quarto das mulheres caucasianas desenvolvendo a doença pelo menos uma vez na vida. Biden, um homem branco de 80 anos, já havia passado por cirurgias para remover cânceres de pele não melanoma e tratar lesões pré-cancerosas antes de se tornar presidente. Sua esposa, Jill Biden, também passou por cirurgia para remover três lesões de pele em janeiro, uma das quais também era um carcinoma basocelular.

No Brasil, há uma alta incidência de casos de câncer de pele devido à exposição solar intensa e prolongada em muitas regiões do país. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que em 2022, serão diagnosticados cerca de 190 mil novos casos de câncer de pele não melanoma no Brasil, sendo a grande maioria (cerca de 177 mil casos) do tipo basocelular. Isso significa que a cada hora, cinco novos casos de câncer de pele basocelular serão diagnosticados no país.

Felizmente, o câncer de pele basocelular é um tipo de câncer que apresenta baixo risco de metástase e tem alta taxa de cura quando detectado precocemente. O tratamento geralmente envolve cirurgia para remoção do tumor, mas outras opções, como radioterapia e terapia fotodinâmica, também podem ser utilizadas dependendo do caso.

A prevenção é a melhor forma de evitar o câncer de pele basocelular e outras formas de câncer de pele. Medidas simples, como o uso de protetor solar, evitar a exposição solar nos horários de pico e o uso de roupas e acessórios que protejam a pele, são fundamentais para reduzir o risco de desenvolver a doença. Além disso, é importante estar atento a qualquer mudança na pele e realizar exames periódicos com um dermatologista.

Embora cada caso de câncer de pele seja único, é comum que as pessoas tenham mais de um câncer de pele não melanoma ao longo da vida.

Os carcinomas basocelulares geralmente crescem lentamente e raramente estão associados a complicações. Eles podem apresentar sintomas como coceira, sensibilidade ou sangramento, mas muitas vezes são assintomáticos e têm aparência normal. O tratamento mais comum é a cirurgia, com dois tipos de procedimento mais utilizados: a remoção de uma elipse ao redor do tumor ou uma cirurgia de Mohs, que remove o tumor em etapas. Em casos raros, outros tratamentos sistêmicos podem ser utilizados.

O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais comum em humanos e, embora possa ser facilmente curável, é importante detectar e tratar a doença precocemente para evitar complicações. É fundamental que as pessoas se protejam da exposição excessiva aos raios ultravioleta e realizem exames regulares de pele com dermatologistas.


Referências